Segundo pesquisa do CFF, classe só perde para os analgésicos e antitérmicos
Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, identificou os medicamentos mais utilizados pelos brasileiros nos últimos seis meses e os antibióticos estavam entre eles. De acordo com o levantamento, esses medicamentos são consumidos por 42% da população no Brasil. O uso de antibióticos foi maior nas regiões Centro-Oeste e Norte (50%). O resultado é um alerta, especialmente por conta das superbactérias que têm se desenvolvido e são chamadas dessa forma, justamente, por que se tornam mais fortes por causa do uso de antibióticos de forma incorreta.
De acordo com o levantamento do CFF, o uso de antibióticos somente foi superado para analgésicos e antitérmicos (50%). Em terceiro lugar ficaram os relaxantes musculares (24%).Os medicamentos utilizados nos últimos seis meses com prescrição, em sua maioria, foram indicados pelos médicos (69%), e a prescrição farmacêutica, regulada pelo Conselho Federal da Farmácia (CFF) em 2013, pela Resolução CFF n° 586/2013, foi citada por 5% dos entrevistados.
A pesquisa quantitativa foi realizada com a população brasileira a partir de 16 anos de idade e que utilizou medicamentos nos últimos seis meses. A coleta de dados foi feita pelo Datafolha, entre os dias 13 e 20 de março de 2019. Com uma amostra de 2.311 pessoas, o estudo teve abrangência nacional, incluindo capitais/regiões metropolitanas e cidades do interior, de diferentes portes, em todas as regiões do Brasil. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Aquisição dos medicamentos
A maioria dos brasileiros (88%) compra os medicamentos que utiliza, sendo que 30% consegue esses produtos na rede pública, via Sistema Único de Saúde (SUS). Outras maneiras citadas foram o uso de amostras grátis ou doações. A obtenção de medicamentos na rede pública/SUS é maior entre pessoas com mais de 60 anos (50%) e entre moradores da Região Sul (41%). Com exceção dos medicamentos para diabetes (insulina, hipoglicemiantes orais), é mais comum a compra dos demais.
Descarte de medicamentos
A pesquisa apurou também qual é a forma mais usual de descarte dos medicamentos que sobram ou vencem, e 76% dos entrevistados indicaram maneiras incorretas para a destinação final desses resíduos. Pelos resultados da pesquisa, a maioria da população descarta sobras de medicamentos ou medicamentos vencidos no lixo comum. Quase 10% afirmaram que jogam os restos no esgoto doméstico (pias, vasos sanitários e tanque).
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