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Chegada do inverno exige maior atenção às infecções respiratórias

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Pneumologista explica porque a incidência de doenças como gripe e resfriado é maior no período do outono/inverno e mostra como se prevenir adequadamente

O inverno e os dias mais frios trazem consigo infecções respiratórias como a gripe, resfriado e a pneumonia. “A diminuição da temperatura facilita a disseminação de vírus que provocam infecções deste tipo”, ressalta Denise Eri Onodera Vieira, pneumologista do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM).

A médica explica, que, além do tempo frio, a menor umidade do ar,  a redução no índice de raios solares e a diminuição da capacidade dos pulmões de manter um bom funcionamento durante o outono/inverno são fatores que também interferem na disseminação de vírus que causam problemas respiratórios, pois dão a eles maior estabilidade.

Outro aspecto que contribui muito para a disseminação desses patógenos é o fato de que nos dias mais frios, as pessoas tendem a se aglomerar mais em locais fechados e pouco ventilados, o que diminui a circulação do ar e aumenta a chance de transmissão de infecções entre os indivíduos. Por isso, é fundamental tomar muito cuidado e evitar lugares totalmente fechados, sobretudo em tempos de pandemia de coronavírus.

Chegada do inverno

A pneumologista ressalta a importância da vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, e reforça que ela não pode ser esquecida. “A vacina contra a gripe é muito importante, pois estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos, fazendo com que o paciente vacinado aumente a sua imunidade e defesa, mesmo sem ter contraído a doença”, explica. Denise lembra que a vacina contra o vírus influenza está disponível nos postos de saúde, incluindo os gerenciados pelo CEJAM, e a campanha de vacinação vai até o dia 30 de junho. “Embora esta vacina não proteja de outras doenças como o coronavírus, ela é imprescindível para reduzir risco de hospitalizações, futuras complicações e consequentemente, de mortes decorrentes de infecções pelo vírus influenza”, completa.

Além da vacinação, a pneumologista lista algumas formas de prevenção que podem ser adotadas no dia a dia:

  • Lavar sempre muito bem as mãos e com frequência;
  • Evitar aglomerações;
  • Evitar ficar em locais fechados epouco ventilados.Deixar que o ar circule, mesmo dentro de casa;
  • Agasalhar-se bem nos dias frios;
  • Manter o ambiente da casacom umidade adequada;
  • Hidratar-se bem.

Aumento da imunidade por meio da alimentação

A nutricionista do CEJAM, Alana Machado e Cardoso, explica que alimentos como vegetais verdes escuros, peixes em geral, alimentos integrais, fontes de zinco, ômega 3 e as frutas cítricas, fontes de vitamina C, são capazes de fortalecer o sistema imunológico de forma natural. “Para manter o sistema imunológico fortalecido, é necessário adotar na rotina uma alimentação balanceada; assim, consumindo alimentos ricos em nutrientes e proteínas, evitando consumir em excesso alimentos pobres em nutrientes, como fast food, doces, bem como gorduras saturadas, carboidratos simples, entre outros”, afirma. Alana também ressalta a importância de manter sempre uma boa hidratação, ao beber água regularmente.

Como diferir a Covid-19 da gripe e resfriado?

Apesar de apresentarem sintomas comuns no organismo, gripe, resfriado e coronavírus são doenças distintas. De acordo com Denise, com base nas informações dos órgãos oficiais de saúde, a febre é uma reação que aparece comumente em infectados pela gripe ou pela COVID-19, mas é raro que ocorra em pacientes com resfriado. Ao contrário dos espirros, que ocorrem comumente apenas no resfriado. Já o nariz entupido não é um sintoma comum da COVID-19, mas ocorre com frequência nos resfriados e pode eventualmente aparecer na gripe.

Denise explica que as diferenças se manifestam também na família de vírus que causa cada uma das doenças. Ela explica que a gripe é provocada pelo vírus influenza, que pode ser do tipo A ou B: O H1N1 é do tipo A, e o Yamagata, do tipo B. Já a COVID-19 faz parte da família dos coronavírus, que pode vir a provocar o resfriado ou complicações mais graves.

Grupos de risco

A médica aponta que os principais grupos de risco para a gripe são os idosos, as crianças, as grávidas, os portadores de doenças crônicas e os imunossuprimidos. Já os mais vulneráveis ao COVID-19 costumam ser os idosos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos. “É válido lembrar que os menos vulneráveis também transmitem a doença”, ressalta.

Por fim, a pneumologista reforça que é necessário analisar os sintomas do paciente como um todo antes de constatar um diagnóstico preciso para uma determinada doença. “Não podemos diagnosticar apenas por um caso isolado de espirro ou tosse”. Denise reforça que, neste momento, é fundamental focar na prevenção das infecções respiratórias e seguir todos os protocolos de higiene recomendados pelos órgãos de saúde; como isolamento social, usar sempre máscara caso precise sair, lavar as mãos bem e com frequência; cobrir o rosto com o braço ao tossir ou espirrar, bem como desinfetar os produtos vindos da rua, no caso de encomendas, entre outras.

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