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Dermatite atópica: 5 coisas que você precisa saber

Imagem notícia Dermatite atópica: 5 coisas que você precisa saber

Marcada pelo preconceito com as lesões na pele, a doença é causada por uma disfunção no sistema imunológico e não é transmitida de pessoa para pessoa

A dermatite atópica é uma doença crônica causada por um desequilíbrio no sistema imunológico, chamado de Inflamação Tipo 2, que gera inflamação nas camadas mais profundas da pele, resultando em lesões e coceira intensa. Tal característica aparente e marcante da doença está relacionada com a primeira informação que você precisa saber sobre a dermatite atópica:

Não é transmitida pelo contato entre as pessoas

Os sintomas visíveis são apenas parte da história. Há muito mais acontecendo abaixo da superfície da pele. A causa da dermatite atópica ainda é desconhecida, mas o que a ciência sabe hoje é que a doença decorre de defeitos herdados da função de barreira da pele e de uma disfunção no sistema imunológico, com predominância da resposta inflamatória do tipo 2. Ou seja, ao entrar em contato com um paciente com dermatite atópica, você não irá desenvolver a doença. Não existe contágio de uma pessoa para a outra.

A dermatite atópica pode acometer crianças, adolescentes e adultos

A dermatite atópica acomete até 20% das crianças e até 3% dos adultos. Por conta dessa grande incidência na infância, a doença normalmente é associada apenas às crianças. De fato, cerca de 85% dos pacientes apresentam os primeiros sinais da doença antes dos cinco anos e, aproximadamente 70% deles têm uma remissão espontânea antes da adolescência.

No entanto, apesar das manifestações iniciais ocorrerem na infância e da incidência diminuir com a idade, há situações em que a dermatite atópica surge em indivíduos adultos (um terço dos casos). Além disso, entre os adultos, a doença pode voltar a aparecer mesmo que haja ausência de sintomas por alguns anos.

Pode levar a faltas no trabalho e na escola

A doença apresenta graus que variam de leve, moderado a grave. Os casos moderados e graves são os menos comuns, porém os que causam maior impacto físico, emocional e consequentemente na qualidade de vida dos os pacientes. Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto Ipsos com 199 pacientes adultos com dermatite atópica moderada a grave revelou que estes faltam no trabalho cerca de 21 dias por ano devido aos sintomas da doença, contabilizando um mês de trabalho.

Contudo, nos adolescentes, a associação de uma doença crônica com os já encontrados desafios da transição para a vida adulta pode estabelecer sensações de fracasso, raiva, perda da autoestima, dificuldades para se relacionar com outras pessoas e medo. Pesquisas revelam que adolescentes entre 14 a 17 anos perdem em média 26 dias escolares por conta da dermatite atópica.

Está relacionada a depressão e bullying

Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Ipsos, feita a pedido da05 Sanofi em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) e com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)35% dos pacientes com dermatite atópica já sofreram algum tipo de preconceito. A discriminação ocorre em ambientes variados, como no transporte coletivo (49%), no local de trabalho (44%) e em escolas ou faculdades (34%). Além disso, 1 em cada 10 entrevistados já perderam a vontade de viver em decorrência da doença.

Além disso, quadros de depressão estão presentes em mais da metade (52%) dos adolescentes com dermatite atópica e 39% deles relatam ter sido vítimas de bullying por causa da doença em algum momento da vida. Durante as crises, 50% dos adolescentes com dermatite atópica se preocupam sobre serem vistos em público e 36% dizem que têm sua autoconfiança abalada.

Corticoides não são o único tratamento possível 

A dermatite atópica pode ser tratada com cremes hidratantes específicos e medicamentos tópicos, incluindo corticoides. Entretanto, alguns pacientes não respondem a terapias tópicas ou não têm recomendação para utilizá-las. Neste cenário, o arsenal terapêutico até o ano passado era limitado para o tratamento eficaz e seguro a longo prazo, principalmente no caso de pacientes adultos que convivem com a doença por muitos anos, em geral por mais de 25 anos, e representam a maior população de pacientes graves.

 

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