Sabia que dia 2 de abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo decretado pela ONU? Um movimento mundial, que sempre acompanha essa data, é o Light it Up Blue. Vários monumentos importantes no mundo inteiro já estão acesos em azul para celebrar a data, incluindo o Empire State Building, em Nova Iorque, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Mas por que é tão importante ter um dia mundial só para o autismo? Porque ele afeta milhões de pessoas no mundo inteiro e sua incidência vem crescendo. A última estatística nos Estados Unidos fala de 1 em 68 crianças. Isso é mais do que câncer pediátrico, Aids e diabetes infantil JUNTOS. Ele também afeta 4 meninos para cada menina. Sabemos que o movimento em torno da data tem crescido, inclusive com o apoio da mídia. Muita informação tem sido divulgada. Para que você não fique perdido no meio de tanta notícia, resolvi resumir, aqui, o que é mais importante saber:
O que é o autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se manifesta na infância e afeta três áreas importantes:
A comunicação: a criança não fala, tem dificuldades para realizar um diálogo ou não fala de forma funcional (repete o que os outros falam, por exemplo)
A interação: a criança apresenta pouco contato visual e parece não ter interesse em interagir com outras crianças ou pessoas
O comportamento: a criança tem interesses muito restritos e pode apresentar comportamentos repetitivos
Crianças autistas, frequentemente, também apresentam dificuldades motoras e sensoriais.
Quais as causas do autismo?
Nos últimos cinco anos, cientistas identificaram vários genes e mutações genéticas associadas ao autismo. Acredita-se que a maioria dos casos de autismo ocorre por uma combinação de predisposição genética com fatores ambientais que ocorrem durante o desenvolvimento do cérebro do bebê. Alguns fatores ambientais já identificados, que aumentam levemente o risco de a criança desenvolver autismo (juntamente com a predisposição genética) são a idade avançada dos pais, prematuridade e baixo peso ao nascer e infecções maternas durante a gestação.
Autismo tem cura?
Ainda não, mas tem tratamento! E quanto antes vier o diagnóstico e a intervenção, melhor! Em geral, ela inclui terapia comportamental, terapia ocupacional e fono. Fazendo um tratamento adequado, a criança melhora muito ao longo dos anos, podendo inclusive ter uma vida independente.
Autismo tem “cara”?
Não. Há vários tipos de autismo. A maioria das pessoas ainda tem o estereótipo do “Rain Man” na cabeça. Mas autismo é um espectro que vai desde casos muito leves (como aquela criança que só parece meio “excêntrica” e antissocial) até casos graves, com pessoas que vão precisar de auxílio durante toda a vida. Mas é importante saber que, assim como não há uma pessoa igual à outra, não há um autista igual ao outro. Cada um tem suas fortalezas, potencialidades e suas áreas a desenvolver.
Quais os sinais de alerta?
Se o bebê apresenta qualquer um desses sinais, deve ser levado a um neuropediatra especializado em transtornos do desenvolvimento:
Não apresenta sorrisos ou expressões de felicidade a partir dos 6 meses;
Não compartilha ou reage a sons, sorrisos ou outras expressões faciais a partir dos 9 meses;
Não balbucia palavras aos 12 meses;
Não compartilha gestos como apontar, mostrar, tentar alcançar algo ou “dar tchau” aos 12 meses;
Não pronuncia nenhuma palavra aos 16 meses;
Não fala nenhuma frase de 2 palavras com sentido (excluindo repetição ou imitação) aos 24 meses;
Qualquer perda de fala, balbucio ou habilidades sociais (como “dar tchau “e bater palminhas) em qualquer idade.
Crianças autistas também têm dificuldades com o brincar: apegam-se a objetos estranhos (como garrafinhas pet ou caixas de fósforo) e não fazem o uso funcional do brinquedo. Um exemplo clássico é o do carrinho: uma criança típica passa o carrinho pelas superfícies e faz sons. Uma criança autista pode enfileirar os carrinhos, dividi-los por cor ou fixar-se apenas em uma parte deles (como as rodinhas, por exemplo).
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