NOTÍCIA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) espera que as embalagens de remédios que provoquem sonolência ou efeito sedativo, como analgésicos, antialérgicos, entre outros, venham com a mensagem de alerta: “se tomar não dirija”.

Para entrar em vigor, o projeto, que tem como objetivo reduzir os acidentes, passará por um processo de consulta pública, que deve acontecer até 11 de maio. A medida de alertar para os riscos ao volante promovidos pelo uso de alguns tipos de remédios foi pedido pelos ministros José Gomes Temporão, da Saúde, e Márcio Fortes, das Cidades. Ambos já afirmaram ser necessária uma proposta mais incisiva de restrição à direção para quem estiver sujeito aos efeitos de alguns medicamentos.

As 35 mil mortes anuais no trânsito brasileiro; o hábito da automedicação, praticado por 40% da população; o aumenta no desconhecimento dos efeitos dos medicamentos na direção, sustentam a tese do governo para esta mudança, além do aumento da idade dos motoristas idosos, que somam 9,8% daqueles que, no geral, precisam tomar mais remédios.

Os efeitos dos medicamentos dependem do tempo de tratamento, da associação com álcool, outros remédios ou drogas e de fatores como peso, altura e etnia. Segundo os especialistas, o recomendável é um período de pelo menos 6 horas entre a ingestão de um remédio e o ato de condução de um carro.

A farmacêutica e tutora do Portal Educação Jeana Mara Escher de Souza, explica os efeitos contrários destes remédios: “Erros com medicamentos são muito frequentes, acarretando potencial de risco aos pacientes, e ocorrem devido a vários fatores, tais como: características dos pacientes, polifarmácia, uso de preparações injetáveis, automedicação e outros. É necessário verificar o que causa os erros e produzir medidas preventivas para estes”, esclarece a profissional.

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br