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Enxaquecas: causas e como aliviar

Fonte: guiadafarmacia.com.br | Autor: GUIA DA FARMÁCIA
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Ainda sem saber ao certo sua origem, a enxaqueca prejudica o dia a dia de quem sofre com as fortes dores de cabeça. Para afastar a dor e alcançar um alívio é preciso algumas medidas de disciplina e um tratamento médico adequado.

O que é enxaqueca?

Caracterizada como uma forte dor de cabeça (cefaléia), a enxaqueca é uma doença crônica (ou síndrome neurovascular) que desencadeia em vários sintomas que, por consequência, aparecem em formas de crises agudas de dor.

Essas crises, no entanto, costumam durar entre 4 horas a 3 dias por vários fatores do dia a dia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca atinge de 10 a 20% da população, com idade entre 25 e 50 anos, sendo mais comum em mulheres, sobretudo nas fumantes.

Diferente da dor de cabeça, a enxaqueca deve, todavia, ser acompanhada por um especialista para que ele identifique o melhor tratamento, ajudando o paciente a alcançar uma melhor qualidade de vida.

Quais os sintomas?

É importante observar a intensidade e o local da dor, pois, a enxaqueca pode se dar em qualquer região da cabeça.

Confira os oito sintomas mais comuns de enxaqueca, de acordo com o Hospital Vivalle, da Rede Dor São Luiz:

Presença de náuseas e/ou vômitos.
Calafrios.
Aumento da vontade de urinar.
Cansaço.
Falta de apetite.
Náuseas e vômito.
Dormência ou formigamento.
Problemas de concentração.
Sensibilidade à luz e/ou ao som.

O que provoca a Enxaqueca?

De acordo com um estudo do Ministério da Saúde, existem cinco grandes fatores internos e externos que podem, assim, desencadear o início de uma enxaqueca e podem ser diferentes para cada pessoa, como:

Ambiente (luz forte, ruídos altos, alterações climáticas.
Alimentos e bebidas (chocolate, queijo, cafeína, frituras, gorduras, bem como frutas cítricas e bebidas alcoólicas).
Alterações do sono (dormir demais ou de menos).
Alterações climáticas (variações bruscas de temperaturas, bem como a ingestão de líquidos gelados com o organismo aquecido ou suando).
Fatores emocionais e estresse.
Menstruação e fatores hormonais.

Como melhorar a enxaqueca?

Ainda sem cura, é possível amenizar a enxaqueca. As crises podem ser reduzidas evitando os fatores que causam o seu início. Para o uso de medicações o ideal é sempre ter uma orientação médica.

Eventualmente, o tratamento que um neurologista costuma iniciar no paciente, segundo um relatório da Opas Brasil é baseado no uso de analgésicos, anti-inflamatórios, triptanos e anticonvulsivantes, que promovem, dessa maneira, um relaxamento na região da cabeça.

De acordo com informações do Blog da Saúde, do Ministério da Saúde, para aliviar os sintomas é recomendado:

Beber muita água.
Comer moderadamente.
Descansar e colocar um pano úmido aonde dói.
Tomar o medicamento recomendado pelo médico, na dosagem e frequência recomendada.

Como aliviar naturalmente?

Complementar o tratamento médico focando em uma alimentação adequada com atividades físicas regulares, ajudam, assim, a aliviar o estresse que a dor causa.

De acordo com a pesquisa Tratamento de enxaqueca – Escolhas Racionais, na crise de enxaqueca, repousar em quarto escuro e silencioso é, por vezes, suficiente para acabar com a dor. 

Em pacientes com dor leve e sintomas iniciais, recomenda-se alguns tratamentos alternativos como acupuntura, meditação e tratamentos homeopáticos.

Como evitar crises de enxaqueca?

As crises de enxaqueca impossibilitam simples tarefas do dia a dia, como caminhar, dirigir, bem como trabalhar ou sair com os amigos. Todavia, de acordo com um artigo da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), para quem sofre com a enxaqueca, evitar bebidas alcoólicas, estimulantes, como café e guaraná, luz, barulho, cheiros e atividade física em excesso pode ajudar a prevenir crises.
Minimizar a necessidade de medicamentos

De acordo com uma pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), as pessoas enxaquecosas (nome científico de quem tem enxaqueca) devem respeitar suas rotinas diárias.

Muitas pessoas relatam que o simples fato de se retirar para um ambiente bem escuro e relaxar durante 40 a 60 minutos, sem sequer tomar o medicamento para enxaqueca, faz com que a dor de cabeça, na fase inicial, não se transforme em crise. Dessa forma, na medida em que for possível, investir em uma hora deitado ou reclinado no escuro pode aliviar os sintomas.

Qual medicamento tomar?

Vários medicamentos, isoladamente ou em combinação, são usados para controle das crises de enxaqueca, com o objetivo de cessar a dor ou aliviá-la.

De acordo com a Opas Brasil, geralmente são preferidas as apresentações orais. As preparações efervescentes ou dispersíveis (diluídas em água) também são preferidas por terem absorção mais rápida que a dos comprimidos convencionais. 

Além disso, outras vias de administração podem ser utilizadas. Com base nos dados existentes, vários grupos farmacológicos mostram-se eficazes em reduzir a dor. Normalmente, quando o tratamento é iniciado precocemente, os resultados são melhores.

Contudo, somente um médico pode realizar o diagnóstico da enxaqueca, bem como prescrever o melhor tratamento, o medicamento mais indicado, a posologia e o tempo de tratamento correto para cada caso. A automedicação nunca é indicada.  

Qual o melhor tratamento?

O tratamento para enxaqueca crônica, segundo o relatório da Opas Brasil deve ser indicado pelo neurologista e é baseado no uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, triptanos e até anticonvulsivantes, de acordo com o tipo de enxaqueca de cada pessoa. 

Contudo, só devem ser usados sob indicação médica.

O que comer quando se tem enxaqueca?

Fazer anotações com o que se come para relacionar os alimentos ingeridos com o surgimento da crise é uma dica. Assim, a pessoa passa a conhecer melhor os alimentos que trazem uma maior sensação de bem estar ou que influenciam no desencadeamento de uma crise de enxaqueca.

De acordo com o Hospital do Coração, durante as crises, os alimentos que devem ser incluídos na dieta são: semente de linhaça, atum, sardinha, salmão, banana, castanha-do-pará, atum, canela, grão de bico, feijão, lentilha granola, pães, leite, queijo, gengibre e os chás de maracujá e de erva-cidreira, pois melhoram a circulação, ajudam a reduzir a pressão na cabeça e são antioxidantes.

O que não comer?

De acordo com o Blog do Ministério da Saúde, existe uma dieta a seguir para quem já foi diagnosticado com enxaqueca. Por isso, é importante evitar os alimentos que agravam as crises, como por exemplo queijos amarelos, chocolate e bebidas alcoólicas. 

Por isso, manter uma dieta equilibrada é o ideal.

Conclusão 

A enxaqueca é uma dor de cabeça forte, crônica, que incomoda e que tem vários sintomas. Ocorre em qualquer idade, mas afeta mais as mulheres do que os homens.

Por ser uma doença multifatorial, além do fator genético, o consumo de determinados alimentos, sono prolongado ou insuficiente, excesso de exposição ao sol, alterações hormonais, odores fortes e a ingestão de bebidas alcoólicas podem estar associados e desencadearem uma crise. Assim como transtornos de humor, como ansiedade e depressão, também podem estar relacionados a episódios de enxaqueca.

Por se desencadear diferente no organismo de cada pessoa, o tratamento é individualizado e deve ser seguido conforme as orientações médicas. Além disso, nunca é indicado se automedicar.

Para obter uma melhor qualidade de vida, além dos tratamentos com os medicamentos convencionais receitados pelo especialista, a pessoa precisa ser disciplinada, manter uma dieta saudável e ir relacionando o que faz bem ou não para ela para amenizar os momentos de crise e também para evitá-las.

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