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Medicamento para colesterol alto reduz risco de morte

Fonte: https://exame.abril.com.br | Autor: AFP
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Estudo ligou o remédio a um risco 15% menor de eventos cardiovasculares maiores como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral

 

O remédio para tratar colesterol alto Praluent (alirocumab), fabricado pela francesa Sanofi Pharmaceuticals, está ligado a um risco 15% menor de eventos cardiovasculares maiores como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

O alirocumab também foi associado a uma redução de 15% da morte por qualquer causa, na primeira evidência de que esta classe de drogas relativamente nova, chamada de inibidores da PCSK9, pode prolongar vidas.

O benefício foi ainda maior entre aqueles com colesterol LDL (“ruim”) persistentemente alto, acima de 100 mg/dL. Esse grupo registrou uma redução de 29% em morte por qualquer causa depois de tomar o medicamento por dois anos.

Os inibidores da PCSK9 são anticorpos monoclonais que inativam uma proteína específica no fígado, reduzindo drasticamente a quantidade de colesterol LDL prejudicial que circula na corrente sanguínea.

Pesquisas mostraram que estas drogas, administradas por injeção a cada duas a quatro semanas, podem funcionar melhor do que as estatinas, que são a primeira linha de tratamento tradicional para o colesterol alto.

O colesterol alto é um fator-chave na doença arterial coronariana, o tipo mais comum de doença cardíaca e o assassino número um de homens e mulheres em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Mas nem o Praluent nem o seu principal concorrente, Repatha (evolocumab), fabricado pela Amgen Pharmaceuticals, alcançaram um grande sucesso comercial devido ao seu elevado preço anual de mais de US$ 14.000 por paciente.

No ano passado, pesquisadores relataram resultados similares para o Repatha, que também reduziu o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e internação por artérias bloqueadas em 15%.

“Agora que temos dois ensaios que mostram consistentemente os benefícios dos inibidores da PCSK9, e dado o benefício de mortalidade que estamos relatando aqui pela primeira vez, acho que esses resultados podem alterar a equação para essas drogas”, disse Philippe Gabriel Steg, chefe de cardiologia no Hopital Bichat em Paris e colíder do estudo.

“Nós não estamos apenas falando sobre a prevenção de eventos não fatais, como ataques cardíacos, mas de realmente preservar a vida”.

Os resultados descritos na conferência do American College of Cardiology em Orlando, Flórida, foram baseados em um ensaio internacional com quase 19 mil pessoas em 57 países, escolhidas aleatoriamente para receber o alirocumab ou um placebo.

Os inscritos tinham mais de 40 anos e muitos tinham sido tratados com a quantidade máxima de estatinas, mas sem conseguir reduzir seu colesterol.

O ensaio incluiu aqueles cujo colesterol LDL permanecia acima de 70 mg/dL, e o colesterol não HDL acima de 100 mg/dL.

Os participantes foram acompanhados por até cinco anos, com 44% participantes tendo participado por três anos ou mais.

Em um comunicado no sábado, a Sanofi disse que trabalharia para diminuir o preço para pacientes com alto risco.

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