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Por que algumas injeções doem bem mais que outras?

Fonte: Superinteressante | Autor: Luiz Iria
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Tudo depende de dois fatores: a profundidade com que a agulha penetra no corpo e a composição química das substâncias aplicadas. Basicamente, existem quatro tipos de injeção: intradérmica, subcutânea, intravenosa e intramuscular. A diferença está no ponto do corpo que elas atingem. A intramuscular, que como o próprio nome diz vai diretamente ao músculo, é a que mais incomoda por penetrar mais fundo em nossos braços ou glúteos. Já a intradérmica, aplicada na pele, é a menos dolorosa. Mas, além dessa questão de alcance das agulhas, o produto injetado também torna a picada mais ou menos desconfortável. Em algumas injeções, como numa aplicação de vitamina A, o princípio ativo do medicamento precisa ser dissolvido em gordura, uma substância mais complicada de ser quebrada pelo organismo e que por isso gera mais dor ao paciente picado.

Outras vezes o composto aplicado pode receber um adjuvante, substância usada para dar mais estabilidade ao medicamento e que prolonga não só o efeito deste como também o incômodo da agulhada. Há casos em que a pessoa pode optar entre tomar um remédio via oral ou por meio de uma injeção, mas nem sempre é assim. A vantagem da picada é que o medicamento tem uma ação bem mais rápida, localizada e não sofre a influência de outros compostos produzidos pelo corpo, como os ácidos do estômago. A tendência atual é tentar aliviar um pouco o sofrimento dos pacientes diante das injeções, juntando, por exemplo, várias vacinas em uma só. “Hoje em dia, uma única injeção na coxa permite a aplicação das vacinas tríplice bacteriana, Salk, hemófilos e hepatite”, diz a pediatra Sandra de Oliveira Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os profissionais da área de saúde estudam até mesmo mudanças na composição das vacinas, pensando em diminuir o desconforto para as pessoas. Essas novidades podem até deixar as picadas mais palatáveis, mas as injeções ainda terão vida longa na medicina.

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